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Homenageado 13º Prêmio da Música Brasileira  Ano Gal Costa

13º Prêmio da Música Brasileira  Ano Gal Costa

13ª prêmio

Gal Costa

Principal voz feminina da Tropicália, musa e intérprete da contracultura dos anos 1970, diva de todos os brasileiros a partir da década seguinte, Gal Costa mudou através dos tempos sem perder a essência. Ligada à música desde a infância, Maria da Graça Costa Penna Burgos trabalhava numa loja de discos em Salvador quando, em 1959, foi sequestrada pela batida bossa-nova de João Gilberto. Paixão que compartilhou com seus conterrâneos e contemporâneos Caetano Veloso, Gilberto Gil, Maria Bethânia e Tom Zé.

Ao lado dos quatro e ainda em Salvador, Gal fez seus primeiros trabalhos profissionais em 1964, cantando nos espetáculos Nós, por exemplo e Nova bossa velha, velha bossa nova. No ano seguinte, radicada no Rio de Janeiro, gravou um dueto com Bethânia no primeiro disco da amiga e, em 1967, dividiu com Caetano o álbum de estreia de ambos, Domingo.

Com o advento do tropicalismo, a suavidade e a timidez iniciais foram substituídas pela estridência e pela confrontação, tendo entre suas inspirações o canto e a atitude de Janis Joplin. Foi um período que teve como ápice o show e disco ao vivo Fa-tal – Gal a todo vapor, de 1971, contando com as viscerais participações de Lanny Gordin e Pepeu Gomes, dois dos instrumentistas que conseguiram imprimir um sotaque brasileiro à guitarra elétrica e roqueira. Três anos depois, em Cantar, álbum idealizado e produzido por Caetano com a influente participação do pianista, arranjador e compositor João Donato, Gal passou a conciliar as influências da eterna bossa com a procura por novas referências.

Desde então, mais madura e técnica, também esbanjou seu belo e peculiar timbre (entre o metálico e a doçura) num repertório que vai dos clássicos populares de Dorival Caymmi, Ary Barroso e Tom Jobim a compositores de sua geração ou novos autores.

Em 2011, com Recanto – seu último disco de estúdio até o momento, e que já rendeu um CD e um DVD ao vivo –, Gal retomou as ambições vanguardistas em mais uma estreita parceria com Caetano, que escreveu todas as canções e dividiu a produção com o filho, Moreno Veloso.

“Não sei, comigo vai tudo azul
Contigo vai tudo em paz
Vivemos na melhor cidade
Da América do Sul, da
América do Sul
Você precisa, você precisa,
você precisa
Não sei, leia na minha camisa

Baby, baby, I love you
Baby, baby, I love you”